No ano que passou, vimos o alinhamento dos planetas do universo e, felizmente, frustrada a previsão de que este fenômeno seria responsável pela destruição do mundo. Este campo magnético formado pela união planetária e o nascimento de 2013 podem ser encarados então como um recomeço, mais harmonioso e profícuo nos relacionamentos.

É este mesmo pensamento que trago para o mercado de seguros. Acredito que as diversas entidades representativas, que atuam em prol do desenvolvimento desse importante setor para a economia brasileira, devam trabalhar alinhadas e unidas, para juntas emanar uma poderosa força.

Na cidade de São Paulo, contamos com 15 mil corretores de seguros, aproximadamente 23% da força de trabalho nacional, que representam economicamente algo em torno de R$ 25 bilhões por ano. O Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), ao longo de seus 40 anos de serviços prestados ao mercado e ao corretor de seguros, consolidou-se como interlocutor desta relevante parcela de profissionais e, por isso, sabe de sua responsabilidade em atender a expectativa dos mesmos. Porém, apesar desses expressivos números não pode ou deve caminhar isoladamente. Essa é a prova maior de maturidade desta entidade, ou seja, saber de sua grandeza, mas trabalhar com a humildade e sublimação suficientes para o entendimento maior e proveito da maioria.

O setor de seguros tem crescido muito em números da economia, nos serviços que oferece à sociedade e na diversificação de produtos. Mas seu crescimento institucional, o reconhecimento da importância de seus produtos, serviços e retorno para a sociedade não estão sendo observados como deveriam, tanto do ponto de vista do indivíduo como do Poder Público.

Esse trabalho institucional também fica nas mãos das entidades representativas do setor, entre as quais o Clube ocupa um lugar de vanguarda. Caminha em parceria com as outras entidades, quer nos momentos de congraçamento, quer nos momentos de trabalho. São Paulo é grande e o mercado de seguros tem muito ainda a crescer. Por isso, são importantes diversas frentes de atuação, interligadas, para o avanço do mercado.

Não se trata de unir forças para imposições, prática inadmissível nos tempos atuais e a mercados maduros, aliás, de parte alguma, sejam grandes interesses econômicos, sejam grandes conglomerados, sejam grandes grupos de profissionais.

Mais do que nunca se faz necessário o diálogo e, nesse sentido, apenas o alinhamento dos atores de toda a cadeia produtiva de cada segmento, viabilizará a sobrevivência deste e daquele determinado segmento.

Os interesses nem sempre terão rotas convergentes, mas a discussão sobre as diferenças certamente possibilitará o entendimento, a aproximação e a transparência, práticas necessárias para evitar-se o extermínio de uma das partes ou de todas, futuramente.

Em 2013, promoveremos encontros com representantes do segmento em diferentes esferas, incluindo o Poder Público, a iniciativa privada, os consumidores etc., de forma a propiciar o equilíbrio de conhecimento para um debate embasado e virtuoso.

Resgatando o início de minha escrita e falando de maneira análoga, temos pela frente um universo de interesses a serem discutidos e entendidos, dos quais destaco: canais de distribuição, regulamentações, uso de novas tecnologias, microsseguros, resseguros e outros mais, tudo já em movimento, ocupando e buscando seu lugar no espaço. Portanto, cabe a nós a definição do melhor e ideal lugar a cada um para que todos se completem e se desenvolvam, jamais se aniquilem.

É nosso objetivo trabalhar estas questões, ampliar o debate e focar nossas competências em aproveitar este bom momento que nossa indústria vivencia, propiciando a todos um “universo seguro”.

Alexandre Milanez Camillo é Mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) e Acadêmico da Academia Nacional de Seguros e Previdência – ANSP.


Alexandre Milanez Camillo

É Mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) e Acadêmico da Academia Nacional de Seguros e Previdência – ANSP.