Especialistas afirmam, em Colóquio promovido pela ANSP, que o processo de implantação do microsseguro no País está acelerado
São Paulo, setembro de 2011 – A implantação do microsseguro vem ocorrendo de forma mais rápida e robusta no Brasil que no restante do mundo. A conclusão é dos especialistas do mercado de seguros que participaram do II Colóquio de Microsseguros ANSP, realizado semana passada em Porto Alegre (RS). O evento contou com aproximadamente 100 presenças ilustres, dentre elas, a Prof.ª Maria de Nazaré da Universidade de Lisboa e a Dra. Regina Simões da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que afirmaram que o projeto-piloto realizado desde o ano passado no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, já apresenta bons resultados.
“As projeções são ótimas. Esperamos alcançar números significativos de apólices até 2012 no Brasil. É um dado expressivo se comparado à porcentagem de aceitação dos microsseguros nos mercados dos outros países do BRIC – Rússia, Índia e China -, que apresentam semelhante desigualdade social”, disse Ana Rita Petrarolli, Coordenadora da Cátedra de Microsseguros da ANSP. Grandes seguradoras já estão desenvolvendo departamentos próprios para o segmento.
Em vídeo apresentado no colóquio, o Dr. Eugenio Velasques da Bradesco Vida e Previdência declarou que o tema dos microsseguros e seguros populares muito os provoca. “Esse tema é de grande importância dentro da Bradesco Seguros, pela parte de inclusão social e educação financeira. Toda essa discussão que movimenta o mundo dos seguros populares é para a gente uma prioridade muito grande”, disse Velasques.
Entretanto, para o presidente da Academia Nacional de Seguros, Mauro César Batista, criar uma cultura de seguros na população mais carente brasileira será um desafio. “Somos o país conhecido por esperar o pior acontecer para depois tomar providências. Não costumamos nos precaver de danos, apesar de ser o correto. Mostrar para o brasileiro que é muito mais vantajoso se precaver será nosso papel social”, afirmou o executivo.
Os palestrantes consideram que a educação financeira e a cultura de seguros serão inclusa no Brasil num processo natural, conseqüência da estabilidade econômica e da ascendência das classes mais populares. “Primeiro as pessoas vão às compras realizar seus sonhos de consumo. No segundo momento começam a se preocupar em proteger o patrimônio recém conquistado e a planejar a segurança e o futuro da família”, comentaram.
Confira as apresentações: