Nosso país atravessa uma grande crise, cujos reflexos se mostram nos mais diversos setores. No universo securitário, apesar deste ambiente desfavorável, o que se tem observado é um consistente aumento dos volumes de prêmios ano a ano.

Isso, entre outros motivos, está ancorado no progresso do mercado de seguros seja em termos de aumento de percepção das pessoas e empresas quanto aos benefícios do seguro como pela disponibilização de produtos, pelo uso de estratégias comerciais inovadoras, na criação de novas ferramentas e exploração de novos canais de distribuição. Este comportamento demonstra um setor que, também, atua como suporte ao desenvolvimento econômico.

Para manutenção dos patamares atingidos e busca de incremento, exige-se que o profissional de seguros utilize conhecimentos específicos de forma que os produtos oferecidos sejam entendidos de maneira clara e apresentem real atendimento aos interesses dos clientes.

Usualmente, em tempos de crise, a primeira ação do empresariado é a de cortar gastos e se tornar o mais eficiente possível. Neste contexto, a eficiência e a qualidade empresarial são de extrema importância, pois farão a diferença frente aos demais concorrentes.

Para obtenção desses diferenciais competitivos, técnica, organização e motivação são necessárias e, todas essas coisas, são obtidas com profissionais preparados que, por sua vez, necessitam de formação e treinamento segmentados.

Deve-se considerar, também, que a gestão dos canais de comercialização e a participação do profissional na administração dos riscos é exigida de modo cada vez mais contundente, pois tais aspectos sofrem mudanças constantes envolvendo variáveis como produto, localidade, momento, mercado e público, exigindo respostas mais rápidas e flexibilidade na adaptação às necessidades.

O ambiente profissional da indústria de seguros exige a aplicação de conhecimentos muito específicos em cada um dos elos da cadeia produtiva. Por exemplo, na comercialização temos os corretores e nas seguradoras os técnicos e atuários, esses últimos com papel cada vez mais relevante e de tal importância que, no Conseguro deste ano, reservou-se um espaço exclusivo para tratar de assuntos relativos à sua atividade.

Enfim, a convergência do trabalho especializado produz valor, que será tão mais alto quanto mais e adequada formação e treinamento houver.

Qualificação profissional é o resultado de um processo complexo que envolve aspectos técnicos, competitividade mercadológica e a busca por melhores resultados. E o crescente mercado de seguros brasileiro, cada vez mais, precisa de profissionais capacitados para executar com proficiência todas as tarefas envolvidas na operacionalização de suas atividades, abrangendo estas a identificação de oportunidades de negócios, distribuição de produtos, parametrização atuarial, precificação, subscrição, regulação e liquidação de sinistros, atividades de compliance, governança, conformidade legal e demais aspectos pertinentes.

Algumas instituições orientadas a processos de informação e formação profissional oferecem cursos para atendimento das necessidades dos securitários, colaboradores em corretoras e de empresas com atividades afins ao seguro, sendo que tais processos podem ser identificados em cinco grandes grupos: Formação Profissional, Certificação Técnica, Gestão, Graduação e Pós-Graduação. Além de disponibilizar conteúdo teórico, tais instituições trabalham situações profissionais através da análise de casos ou práticas em situações reais, trazendo para os cursos experiências do dia-a-dia de trabalho.

Formação e especialização são o caminho natural para a obtenção de conhecimentos e excelência profissional. Além disso, valorizam os colaboradores e as empresas, elevam a produtividade e a competitividade, desestimulam-se alterações nos membros das equipes, reduzem custos e, ainda, melhoram o ambiente de trabalho.

Desta forma, a capacitação profissional deve ser estruturada para integrar e incrementar uma política de recursos humanos orientada à modernização e melhoria da base operacional, objetivando a elevação da performance empresarial por meio de formação continuada, da participação em associações profissionais e da frequência em palestras e seminários.

A valorização quanto aos processos de formação e capacitação tende a produzir um estado de excelência na nobre atividade de levar proteção à sociedade por meio do seguro, gerando um processo sinérgico na direção da qualificação do profissional e valorização da instituição do seguro, cuja atividade compromissada com as necessidades do segurado – da cotação até o momento do pagamento do benefício ou sinistro – agrega qualidade à toda a cadeia de valor, alcançando segurados, corretores e seguradoras.


Dilmo Bantim Moreira

É Presidente  do CVG/SP, Diretor de Relacionamento com o segmento de Pessoas da ANSP, administrador pós graduado em gestão de seguros e previdência privado, atuário, membro da Comissão Técnica de Produtos de Risco da FenaPrevi e de Seguro Habitacional da FenSeg, docente em Seguros de Pessoas, Previdência Complementar, Capitalização, Saúde e colunista em mídias de seguros.


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