Durante a manhã do último dia 23 o SindsegRS, juntamente com a ANSP, realizou seu primeiro workshop do ano de 2016, abordando o tema “novas técnicas de precificação para o risco de longevidade”. Um público de mais de 50 pessoas esteve presente para ouvir o Diretor Regional da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) e Consultor Sênior da Mirador Atuarial, Sérgio Rangel, e a Superintendente do Núcleo de Estudos e Projetos da CNSeg, Fernanda Chaves, que trouxeram as novidades sobre o assunto.  Conforme Rangel, a expectativa de vida do brasileiro teve um incremento de 30 anos em meio século. “Segundo dados do IBGE de 2014, a esperança de vida no Brasil é de 75,2 anos. Isto significa que no Brasil, como no mundo, a mortalidade vem sendo comprimida em direção as idades mais elevadas. Atualmente 83% das pessoas que nascem no Brasil chegam aos 60 anos, na Roma Antiga só 7,5% chegavam com vida nessa mesma idade”, destacou.

O aumento da longevidade traz problemas tanto para as seguradoras quanto para as pessoas, pois muitas não percebem a importância de se estabelecer um planejamento de longo prazo. Segundo o Consultor da Mirador Atuarial, o verdadeiro risco de longevidade se situa na possibilidade de que os ativos acumulados por uma pessoa durarem menos do que a sua própria vida. Nosso grande desafio é o de sensibilizar as pessoas para a necessidade de se planejarem”, afirmou. Entre os diversos fatores que vem refletindo no aumento da expectativa de vida estão os avanços da medicina e genética, aumento da renda e melhora na qualidade de vida. Rangel diz que existem vários mecanismos que podem ser utilizados na precificação dos Seguros de Pessoas, tais como os modelos preditivos que incorporam outras variáveis além da idade e o sexo, tais como a renda, o estado de saúde, hábitos, IMC, estilo de vida etc. Por outro lado, a utilização desses modelos mais sofisticados podem propiciar a geração de um dilema para as Seguradoras: ou elas oferecem tarifas mais personalizadas, levando em conta o risco individual e tendo uma baixa solidariedade entre os segurados, ou elas oferecem tarifas menos personalizadas, levando em conta o risco coletivo e tendo mais solidariedade entre os segurados.

A Superintendente do Núcleo de Estudos e Projetos da CNSeg, Fernanda Chaves, apresentou novos modelos para cálculo de longevidade que estão sendo usados em outros países e maneiras de usá-los a favor do mercado segurador. “Mesmo que se controle todo o ambiente e tenha uma melhora genética, a mortalidade é uma questão intrínseca, então não temos muito como prevê-la”, concluiu.

O Presidente do SindsegRS, Guacir de Llano Bueno e o Vice-Presidente Substituto Alberto Muller entregaram aos palestrantes Certificados de Agradecimentos por suas participações.

 

Fonte: SindsegRS