No ano de 1980, o mercado de Seguros do Brasil mal chegava a R$ 1,5 bilhão. Em 1990, embora com todos os planos econômicos, passava um pouco de R$ 2 bilhões. Em 2000, chegava a R$ 32 bilhões. Em 2012, deverá alcançar R$ 200 bilhões.

1980………………………..1.5 bi

1990………………………..2.0 bi

2000……………………….32.0 bi

2012……………………..200.0 bi

O que será que está acontecendo com esse segmento de mercado que em apenas 32 anos, apresenta um crescimento da ordem de 13.333%?

Não se pode esquecer que em 1980 esse mesmo segmento beirava 100 anos desde sua fundação e pelo seu pífio faturamento – R$ 1,5 bi – não demonstrava que tinha tanta lenha pra queimar. Mas tinha. E tanto tinha que, a partir de 1994, deu um tremendo salto que fez renascer a esperança de seus operadores.

Quem foram estes sonhadores que nunca deixaram de acreditar nesse segmento de mercado? Em nossa lembrança surgem alguns nomes que jamais poderão ser esquecidos, principalmente, a partir de 1994. São eles: Lazaro de Mello Brandão, Manuel Sebastião Soares Póvoas, Rony Castro de Oliveira Lyrio, Patrick Antonio de Larragoiti Lucas, Beatriz Larragoiti, Nilton Molina, Luiz de Campos Salles, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Marco Antonio Rossi, Acacio Queiroz, Camilo Marina, Jaime Garfinkel, Rosa Garfinkel, Octavio Cesar Nascimento, Affonso Heleno de O. Fausto, José Carlos de A. Rudge, Roberto Pereira de Almeida, Olavo Egidio Setubal, Amilcar Pizzato, Paulo Sergio Tourinho e outros que saíram prematuramente do mercado, além da expoente figura de João Elísio Ferraz de Campos, que assumindo a presidência da Fenaseg, em 1993, deu início ao grande boom do mercado.

É importante destacar que a posse de João Elísio na Fenaseg foi um fato histórico de grande expressão, realizado pela primeira vez em Brasília e com a presença do Ministro da Fazenda, marcava pioneiramente a grande fase do Mercado de Seguros, que a partir daquele momento passa a alcançar a sua verdadeira importância dentro da área econômica nacional.

As conquistas conseguidas foram fruto da experiência política de João Elísio que soube como ninguém estabelecer as próximas jogadas no tabuleiro do Seguro brasileiro.

Outro fato importante ocorrido em 1993 foi a criação da Academia Nacional de Seguros e Previdência – ANSP que tanto tem contribuído para a sedimentação da Cultura do Seguro em nosso país.

Sobre esse assunto, o professor Rafael Ribeiro do Valle afirma: “A ANSP tem origem dos sonhos do jornalista Fernando Silveira que também foi o autor da primeira revista independente da área de Seguros e que circulou por 22 anos consecutivos, divulgando o Seguro e a Previdência”.

Aproveito para agradecer o reconhecimento e dizer que fico lisongiado com a referencia.

Retrospectiva: Em 1808 inicia-se a exploração do Seguro Marítimo através da Cia. Boa Fé – sediada em Salvador Ba., hoje chamada Aliança da Bahia.

Em 1831 com a instituição da Procuradoria de Seguros das Províncias Imperiais, inicia-se a fiscalização da atividade. Em 1901 é editado o Regulamento Murtinho (Decreto 4.270) criando a Superintendência Geral de Seguros, subordinada ao Ministério da Fazenda. Em 1939 é criado o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) estimulado por aspirações nacionalistas para proteger o Mercado Brasileiro das investidas dos Mercados estrangeiros de Seguros.

Mas será que o Mercado Brasileiro de Seguros está totalmente pronto para disputar outras posições em um mercado internacionalizado e muito mais experiente do que o nosso?

Evidente que não. Há muita coisa a ser feita e muito ainda a realizar, o que prognostica posições mais importantes em termos de conquista de mercado.

O Brasil precisa urgentemente rever seus planos de poupança de longo prazo, já que atualmente está se gastando mais do que deve, deixando de prever-se o futuro, em troca de um consumismo extravagante que em nada ajuda a manter a estabilidade de nossa moeda que, hoje extremamente valorizada, facilita os gastos dos nossos viajantes em outros países.

Já o setor de Seguros e Previdência precisa preparar-se para conquistar participações maiores em nosso Mercado e em carteiras pouco difundidas junto a novos segurados. Com a expansão do parque industrial brasileiro e a participação de maior número de indústrias internacionais em nosso território, há a necessidade de aumentar sua agressividade comercial através de novos canais que sequer foram ainda pensados.

Franchising em Seguros?

Esta talvez seja uma alternativa válida para a expansão da oferta de Seguros e Previdência em nosso país. Criando franquias em todas as cidades, a possibilidade de vendas aumenta progressivamente podendo, inclusive, dobrar em pouco tempo.

É isto que esse mercado precisa para continuar demonstrando suas extraordinárias possibilidades.


Fernando Silveira

Jornalista, editor, escritor e fundador da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência Previdência – ANSP.