É sempre interessante observar o que os mercados seguradores de outros países estão fazendo, pois, a partir daí, poderemos ter ideias a serem aplicadas por aqui.

A Insurance Europe é a entidade que representa as seguradoras européias. Seus números são expressivos, ao todo, 34 países, um milhão de empregos e quase US$ 1,2 trilhão de prêmios por ano. Em seu site, ela divulga um serviço bem interessante, denominado “Consumer Focus”, que lista as principais iniciativas na área de seguros, divididas por países e por assuntos, (ao todo, totalizam-se sete sites). Muitas vezes, as escolhas dos “cases” são institucionais, sem citar o nome de nenhuma empresa em particular. O que vale é a ideia em si.

A seguir vejamos alguns exemplos:

No tema produtos e serviços, na Holanda, a criação de um padrão de qualidade, outorgado por entidade independente, para aquelas seguradoras que atingem determinados parâmetros. Até agora, 25% das seguradoras já aderiram. Na Hungria, a criação de uma padronização de produtos em seguros residenciais, visando facilitar a transparência e a compreensão dos consumidores.

O uso de telemática em seguro de veículos tem crescido no Reino Unido, podendo proporcionar diminuição de custos para aqueles segurados mais cuidadosos. Em outro tópico, a evolução da digitalização, onde, na França, o aviso de sinistros pode ser feito integralmente por smartphone. Iniciativas semelhantes também existem em outros países, como Bélgica ou Itália. Já na Finlândia, os avisos de sinistros, pela forma on line, passaram de 32% (em 2010) para 58% (em 2014).

No tema gestão de sinistros, em Malta, o desenvolvimento de padrões mínimos de atendimento no reparo de sinistros de automóvel. Na Hungria, a criação de um centro de atendimento, por parte das próprias entidades representativas das seguradoras, visando com isso diminuir as queixas por sinistros.

Na República Checa, a criação de aplicativos de celulares com funções educativas ou de prevenção de riscos. Por exemplo, avisando sobre riscos metereológicos, ou sobre viagens e a necessidade de cobertura para tal. Os exemplos são inúmeros, e continuam.

Os outros tópicos falam em transparência e educação financeira, gerenciamento de riscos, combate à fraude, boas práticas de negócios.

Assim, essa preocupação em tratar o seguro em uma abordagem institucional é algo muito interessante.

Fonte: http://www.ratingdeseguros.com.br/


Francisco Galiza

É sócio da empresa Rating de Seguros Consultoria, Mestre em economia (FGV), catedrático pela ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência), conselheiro editorial da FUNENSEG (Fundação Escola Nacional de Seguros), autor do livro “Economia e Seguro – Uma Introdução” e de diversos artigos sobre os setores de seguros, previdência e capitalização. Professor do MBA-Seguro e Resseguro (FUNENSEG) e do MBA-Atuarial (PUC-SP).


Esta publicação online se destina a divulgação de textos e artigos de Acadêmicos que buscam o aperfeiçoamento institucional do seguro. Os artigos expressam exclusivamente a opinião do Acadêmico.

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