Novos desafios aparecem diariamente nas principais Diretorias das mais diversas organizações e para seus administradores. Em particular para fazer frente às difíceis e variáveis situações apresentadas comprometem a vida de suas organizações, sua competividade e seu futuro.

Em nível macroeconômico pode-se mencionar uma série de situações com potenciais riscos que tiram o sono dos principais executivos das grandes organizações por todo o mundo e nesse contexto cabe-se mencionar:

a) Riscos cibernéticos (Aqueles produtos de uso da tecnologia de informação, hackers);

b) Riscos regulatórios e de compliance (sendo compliance obedecer às regras da lei, regulamentos internos e externos, requisitos de órgãos de controle);

c) Terrorismo (atentados em Europa, USA e riscos de extensão a outras regiões com Sul-América);

d) Crise de refugiados; Tensões no Oriente Médio e conflitos em Síria, Iraque, Iêmen entre outros;

e) Saída de Inglaterra da Comunidade Europeia (Brexit);

f) Problemas climáticos: alagamentos, furacões, tsunamis, El Niño e La Niña;

g) A atual crise política e econômica no Brasil, o desdobramento dos inquéritos de corrupção envolvendo a quase toda a condução política; o sinistro de Mariana, etc.

Como esses eventos crescem permanentemente, tanto em magnitude como complexidade, requer aprofundar a atenção dos administradores de riscos a fim de sua correta identificação através de seus processos, antecipando medidas de mitigação e transferência, assim como transformar riscos negativos em oportunidades que gerem lucros, melhorando a competitividade e a sobrevivência das organizações á longo prazo.

Administrar esses riscos requer que as organizações tenham sólidos sistemas de controles internos; sendo necessário também uma interação e colaboração intensa com os diversos “players” externos tais como corretoras, seguradoras, resseguradoras, advogados, avaliadores e internos tais como: as outras áreas, auditoria interna se existe.

Tal esquema de gestão de riscos deveria contribuir com efetivas normas de cumprimento tanto interno como externo, o que evitaria ou minimizaria os riscos de sanciones legais dos órgãos fiscais e de controle os que poderiam impactar tanto as finanças como na imagem da organização.

Adicionalmente, é importante destacar a efetiva utilização de indicadores de riscos e outros índices demonstrativos de gestão, para fazer frente aos desvios em tempo e forma, assim como controlar os resultados frente a seu apetite e tolerância aos riscos previamente definidos nos planos estratégicos, tácticos e operacionais.

Como resumo, as organizações deveriam tomar as medidas necessárias para um melhor controle de seus riscos através de uma sólida e efetiva estrutura que permita:

a) A Identificação de seus principais riscos, probabilidade de ocorrência e consequência. (Impacto económico, imagem);

b) Definir e programar soluções de mitigação (redução, eliminação de riscos) e transferência (outras locações, plantas, fornecedores, cativas, seguros), assim como de retenção (franquias, risco total caso de eventos com alta frequência e baixo impacto, como por exemplo, danos materiais em veículos) visando seu apetite de riscos definido no plano estratégico;

c) Definir o apetite de riscos visando à possibilidade de oportunidades, isto é: a organização se pode definir como tomadora de riscos ou conservadora visando evitar os mesmos;

d) Definição clara das estratégias em relação a riscos e seu alinhamento com a estratégia global;

e) Estar em línea com as definições de governança e cumprimento;

f) Crias mecanismos de controle e correção de desvios assim como de melhoria contínua.

Assim, contar com uma estrutura eficiente não evitará a organização de estar exposta a riscos e suas consequências, mas estará, sem dúvida, melhor preparada para reagir e antecipar os mesmos, gerando soluções competitivas que melhorem sua sobrevivência á longa prazo.


Andrés Ricardo Holownia

É contador público e administrador. Atualmente Holownia é Diretor da Fundação Alarys – com sede em Panamá ( Fundacion – Associacion Latino Americana de Riesgos y Seguros), Assessor de Diretoria da IFRIMA (International Federation of Risk and Insurance Managers Associations), com sede em New York.e Acadêmico da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência.


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