Antes quando jovem, se éramos apresentados a uma pessoa com 30 anos ou um pouco mais a considerávamos como uma pessoa velha. Já que a previsão de nossa idade média não ultrapassava 50 anos e foi então que surgiu a terceira idade que era atribuída aquela pessoa que ultrapassava os 50 anos.

Ao longo dos anos e com a passagem do novo século tudo começou a mudar. Tivemos grandes avanços significativos em todas as áreas de nossa vida. As pessoas passaram a viver mais e melhor, a longevidade ultrapassou todas as expectativas.

Mas, uma preocupação acredito que veio de imediato bater a porta do ramo de seguros, principalmente o que trata das pessoas, seguro de vida e acidentes pessoais entre eles. Vou falar mais adiante sobre isto mas creio que o mercado segurador não se preparou, para isto, ou seja, temos que rever as nossas tábuas de mortalidade e sobrevivência, as seguradoras e as próprias resseguradoras também se preocuparem com a criação de produtos cujas coberturas contemplem estes povos e pessoas que ultrapassam a idade média hoje em torno de 80 anos. Hoje a carteira de seguros de vida cresce mais do que a de automóvel que era sempre a primeira do ranking do mercado.

É primordial ressaltar que precisamos motivar o crescimento do seguro de pessoas e adequá-lo ao perfil brasileiro do século 21. Em 1994 quando do surgimento do Plano Real, o mercado de seguros apresentou um crescimento bastante razoável, para não dizer ótimo no segmento de pessoas. No período inflacionário com uma inflação na estratosfera o seguro de vida individual, o chamado dotal 10, 20 foi deixado de lado pelo alto custo. Então, com a estabilização econômica, apareceram no mercado as chamadas apólices abertas, que trabalharam muito com cálculo pela faixa média de idade do grupo. Com o advento das resoluções 516 e 317, surgiu o enquadramento fazendo com que estas apólices sofressem alterações e fossem enquadradas em faixas etárias.

O Cenário então enseja mudanças com transformações radicais nas estruturas dos seguros e das Seguradoras, e como toda mudança é difícil de ser aceita. A mudança está em toda parte e o consumidor que surgiu no horizonte foi aquele advindo da promulgação do código de defesa do consumidor que busca os melhores serviços, as melhores coberturas e produtos que satisfaçam suas necessidades e possam determinar se as suas necessidades estão compatíveis com o que o mercado oferece. Este consumidor pós código de defesa do consumidor, passou a ser mais exigente e também mais preocupado em dar e ter informações mais precisas sobre os produtos que estar adquirindo.

A tendência, analisando o mercado de seguro de pessoas é que continuem aparecendo novas coberturas de risco, novos produtos com taxas e condições mais acessíveis ao consumidor brasileiro. Por exemplo, os planos com cobertura de sobrevivência tiveram um crescimento bastante acentuado. Já no ano de 2.005 tinham apresentado uma alta de 59% na arrecadação dos segmentos de seguros de pessoas, mas ainda muito aquém da possibilidade de crescimento. Hoje, somente 16% da população tem seguro de vida ou de acidentes pessoais.O caminho a percorrer é longo e precisa estar recheado de produtos novos e que demonstrem a real necessidade das pessoas de se precaverem em relação ao futuro de sua família, no caso de sua falta.

Portanto, acredito que, apesar de todos os entraves e discussões ocorridas, o mercado de seguro de pessoas é o que tem maior possibilidade de continuar a crescer, pois a gama de produtos novos cobrindo riscos até então não aceitos, tem levado ao consumidor um novo alento em termos de cobertura. Passada a fase de adaptação as novas regras, acredito que, de modo geral as mudanças foram benéficas e a tendência é continuar crescendo e aumentando a poupança de longo prazo. Entraram em vigor alguns produtos, mas acredito que a adequação a esta mutação genética não aconteceu como deveria e deve.

Também se considerarmos a abertura do mercado de resseguros, o consumidor provavelmente terá um leque muito maior de produtos ainda não comercializados no mercado nacional que deverão ser trazidos pelos grandes resseguradores, ampliando não só a oferta de produtos, mas apresentando em muitos casos taxas mais compatíveis.

No ano de 1995, o seguro de vida produziu em prêmio o montante de R$2.222 milhões. Dez anos depois, em 2005, este total era de R$. 18.700 milhões, em 2010 considerando só Vida e AP 15,7 bilhões e em 2013 R$25,9 bilhões considerando VG+AP+VGB, em 2018 só seguro de pessoas 35 bilhões e considerando planos de caráter previdenciário pulamos para 108 bilhões.

É evidente que não podemos considerar o produto VGBL como um produto de risco. Apesar de ser oferecido de forma equivocada, é um produto de acumulação de recursos para beneficio futuro, podendo ser resgatado a qualquer tempo. Ele faz parte do leque, mas é um produto de acumulação de capital.

Torna-se imperioso notar que temos espaço para crescer, e muito, neste segmento do seguro de pessoas. Se compararmos com o de alguns países, vamos ver que o nosso caminho está muito longe de ser atingido. Na America do Norte fatura-se US$600 bilhões, na Ásia e Europa, em torno de US750 bilhões, a America Latina fatura US$23 bilhões. Hoje conforme informei no parágrafo anterior os números mudaram mas mesmo assim, ainda temos muito espaço para crescer.

Alguns aspectos me parecem de suma importância se aprofundarmos a análise do que poderia ocorrer num futuro próximo e também num período superior a 20,25 anos. A expectativa de vida do brasileiro tem crescido em decorrência das inovações tecnológicas, práticas saudáveis de alimentação e exercícios físicos que podem levar o Brasil ao seleto grupo de países que tem uma expectativa de vida superior a 80 anos, como Japão, onde vivem as mulheres mais longevas do mundo, a Grécia, Itália onde na Sardenha vivem os homens mais longevos do mundo, Península de Nicoya na Costa Rica, onde vivem as pessoas com as taxas mais baixas do mundo de mortandade na meia-idade e a segunda maior concentração de homens centenários.

Das três variáveis envolvidas na equação para o aumento da expectativa de vida de uma população, duas pode-se dizer, estão sob controle: a redução da taxa de mortalidade no início da vida, e podemos ressaltar que na década de 60 houve um significativo declínio da mortalidade, e o aumento dos índices de sobrevivência às doenças típicas da velhice.

De modo geral as crianças se fortalecem graças às vacinas, aos antibióticos, a melhoria da nutrição e das condições sanitárias. Os idosos por sua vez, se tornam mais longevos porque a medicina e as ciências farmacêuticas identificam e tratam mazelas próprias da idade com métodos de diagnósticos mais precisos, técnicas cirúrgicas mais apuradas e medicamentos mais eficazes. A terceira variável é o envelhecimento propriamente dito, um fenômeno de extrema complexidade sobre o qual a ciência vem conquistando vitórias relevantes. O envelhecimento da população é um fenômeno mundial, caracterizado pelo aumento da proporção de idosos na população que decorre da diminuição de fecundidade e do aumento da longevidade, aumento este que tem a ver cada vez mais com a alimentação e também com exercícios diários leves, mas constantes.

Idoso é o indivíduo com idade de 60 ou mais anos. A definição foi proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1982 e adotada pelo Brasil pela Lei nº 8.842/94 que estabelece a Política Nacional de Saúde do Idoso.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2000, havia 605 milhões de idosos no mundo e projeta para 2050, 2 bilhões, aproximando-se da população infantil   ( 0-14 anos). Ainda segundo a OMS, ate 2025, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, mas com uma proporção em relação à sua população aquém daquela vivenciada pelos países da OECD.

É evidente que um aumento significativo de idosos, pressupõe que teremos mais despesas com saúde e previdência. Mas vamos considerar que não devemos ficar sufocados com esta possibilidade, pois isto deve induzir a cada um de nós, indivíduos, uma maior responsabilidade para com o nosso próprio futuro. É lógico que todos nós desejamos vidas mais longas, mas temos que considerar que com qualidade ela passa a ser muito mais longa. Alguns estudos na área médica indicam que com hábitos saudáveis uma pessoa pode diferenciar a idade cronológica em até 14 anos, considerando-se ai aqueles que praticam e adotam hábitos saudáveis, comparando-os com aqueles que não adotam.

Conforme citei acima, a taxa de fecundidade tem caído bastante entre 1960 e 1980 ela foi de 33% a menos e a esperança de vida aumentou em 08 anos. Portanto, o perfil do povo brasileiro mudou.Ou seja, envelhecer com saúde depende menos dos milagres da medicina do que da mudança comportamental do indivíduo. Podemos comparar, por exemplo, a Inglaterra, classificada entre os países europeus que tiveram o início do declínio da fecundidade já no século XIX. Enquanto a Inglaterra partindo em 1870, de um nível menor (TFT de 5,3), necessitou de 100 anos para ter um declínio de 58% (TFT de 2,2, em 1970), o Brasil, nos 30 anos entre 1970 e 2000, experimentou uma queda de 60%, com sua TFT passando de 5,8 para 2,3 filhos nascidos, por mulher.

Então, em razão de seu menor nível de fecundidade, a Inglaterra já tinha, em 1870, 7,4% de sua população total com 60 anos e mais de idade, proporção que no Brasil, em 1970, correspondia a apenas 5,1%. O Peso relativo daqueles menores de 15 anos era de 36,1% na Inglaterra, em 1870, e 42,1% no Brasil em 1970 (dados do IBGE).

Vários fatos aliados a outros fatores, como o crescimento da população mundial, se comparado com o número de falecimentos, fará com que daqui a 20/30 anos o Brasil tenha uma população com uma faixa etária superior a 75/80 anos. O envelhecimento da população obrigará o mercado de seguro de pessoas a repensar suas tábuas de mortalidade e sobrevivência, teremos que ter uma preocupação do próprio governo com o aspecto social da questão, ampliando a política pública para tratar bem e melhor os idosos, hoje amparados pelo Código do Idoso e pelo próprio Código de Defesa do Consumidor.

Temos que ter em mente que em 1950 tinhamos em torno de 24.000 pessoas com mais de 100 anos os superlongevos. Hoje temos em torno de 280.000 pessoas e em 2050 mantendo-se as perspectivas de uma vida mais saudável teremos em torno de 3,8 milhões de pessoas com idade superior a 100 anos. O Cientista social e ex-coordenador de desenvolvimento da ONU, revela em recente painel sobre a longevidade que entre 1940 e 2006 o número de idosos no País aumentou em torno de 11 vezes, passando de l,7 milhão, que representava mais ou menos 4% da população, para 18,5 milhões o equivalente a 10,1%, e dentro deste estudo um fato que corrobora minha afirmativa de que a população acima de 80 anos é a que mais cresce, baseada principalmente em seu modo de vida, com alimentação saudável, práticas de  exercícios abrangentes e uma respiração profunda.

Nenhum lugar do mundo é mais propicio ao estudo dos centenários dribladores do que as ilhas japonesas de Okinawa. A região funciona como uma especie de laboratório isolado pela natureza, onde viver mais de 100 anos é comum. Enquanto a média mundial é de dez centenários em cada grupo de 100.000 pessoas, em Okinawa essa proporção sobe para cinquenta, sendo considerada a cidade onde vivem as mulheres mais longevas do mundo.

Se fizermos uma comparação entre os americanos com mais de 100 anos vamos observar que estes japoneses têm reduzidíssimos índices de doenças cardiovasculares, de vários tipos de câncer (mama e próstata entre eles) e de demência senil. Os estudos mais recentes indicam que os centenários de Okinawa e seus descendentes carregam variações genéticas que os protegem contra determinadas marcas do envelhecimento, como a inflamação crônica e as doenças autoimunes. Um fator importante que poder ser citado é que os americanos se alimentam muito mal, e os japoneses que se alimentam de comidas saudáveis.

Os estudos científicos mostram que os centenários ou para se ter a longevidade vai depender sobre maneira da interação de um conjunto favorável de genes com hábitos cotidianos. É necessário que o corpo e a mente estejam sempre ocupados, vivam perto de seus familiares e tenham uma rotina de vida social movimentada.

Hoje precisamos e devemos ter uma contenção no consumo calórico, que se mostrou capaz de ampliar o tempo de vida saudável em várias espécies submetidas a experimentos.

É imperioso registrar que o envelhecimento da população obrigará o mercado de seguro de pessoas a repensar suas tábuas de sobrevivência e mortalidade e termos ainda uma preocupação constante das autoridades governamentais com o aspecto social da questão, ampliando-se a política pública para tratar bem e melhor os idosos, hoje amparados pelo Código do Idoso e pelo próprio Código de Defesa do Consumidor.

As experiências genéticas irão reforçar esta expectativa de uma nova ordem normativa e legal dos contratos de risco. Também a comercialização de produtos novos certamente irá ampliar ainda mais o leque de produtos já existentes, terá que ser revista com alianças estratégicas, principalmente das empresas não ligadas a banco.

É importante ressaltar que a Ciência ainda não desvendou todos os mecanismos do envelhecimento. Mas, uma coisa é certa: só envelhecemos porque deixamos de ser interessantes para a perpetuação da espécie. Nós, seres humanos começamos a ter nossas células envelhecidas a partir dos 30 anos de idade. Vários fatores genéticos contribuem para isso. O nosso próprio organismo contribui.

Nós vivemos num constante e dramático fio da navalha, pois ao longo da vida vários fatores expõem o corpo humano aos agrotóxicos, ao fumo, a radiação, poluição e com isso os radicais livres atacam nosso organismo, desequilibrando o sistema e os nossos tecidos acabam sendo lesionados.

O que muda então no corpo com o tempo? Podemos citar alguns órgãos de acordo com pesquisas feitas por cientistas e médicos estudiosos do assunto os geriatras. Nossa audição, pressão arterial, pele, sistema imunológico, visão, músculos, ossos e o próprio cérebro se transformam.

Portanto, para que o indivíduo possa ganhar mais alguns anos de vida é necessário que ele busque e persista nos bons hábitos desde cedo. Fazer exercícios físicos regularmente, não fumar, alimentar-se de forma regrada e com prazer, procurar não levar a vida a ferro e fogo e por incrível que possa parecer nós podemos aumentar em pelo menos 03 anos a nossa vida bebendo vinho com moderação. Estudos científicos mostram que o vinho aumenta as taxas sanguíneas de HDL, o colesterol bom, evitando assim a formação de trombos – que evidentemente levam ao entupimento arterial e em conseqüência a enfartes e derrames. Os estudos científicos mostram que a substância flavonóide que faz parte da uva contem antioxidantes que ajudam a combater os radicais livres, preservando então as células das lesões típicas do envelhecimento.

Eu entendo que devido a todos os fatores que hoje rondam o corpo humano, nós do mercado segurador temos que nos adequar para atender a quarta idade. Eu vivi com a sensação de que só existiam 03 fases de idade, a primeira, a segunda e a terceira que passava dos 60(sessenta) anos, mas que não definia até qual idade iria.

Nos dias atuais, em detrimento de todas as mudanças científicas, estudos genéticos, modo saudável de vida, exercícios físicos podemos dizer que a terceira idade termina aos 80 (oitenta) anos e vai até mais de 100, aliás, como já disse acima, representam hoje quase 300 mil pessoas em todo o mundo.

O mercado segurador através de algumas Companhias já opera hoje com seguros de vida dando cobertura até 80/85 anos. Os atuários do mercado Segurador devem começar a fazer cálculos para atender a um novo segmento da população que é a chamada quarta idade.

Nos anos 60 e 70 lembro-me perfeitamente, que o mercado de seguros comercializava a chamada vida individual que era denominada de Dotal 10, 15, 20, ou seja, as Seguradoras faziam cálculos atuariais levando em conta que os indivíduos viveriam entre 55 e 65 anos e que após a compra do seguro por volta dos 30/40 anos quando o indivíduo passa a ter um meio de subsistência melhor ele poderia requer o capital segurado após 10, 15 ou 20 anos, mas que custavam caro e eram feitos por uma minoria da população. Depois com o advento do seguro coletivo de vida obtivemos custos mais adequados a determinadas faixas da população.

Tivemos a abertura do mercado de resseguros e com isso acredito que estamos vendo novos produtos, com custos mais acessíveis e balanceados ao mercado brasileiro.

O mercado Segurador de modo geral tem procurado um contato mais próximo com o público, visando um melhor atendimento. Foram criadas ouvidorias, sistema de 0800, as áreas de Marketing de várias seguradoras fazem atualmente um bom acompanhamento pós-venda junto aos clientes, enviando cartão de aniversário, casamento, fazendo perguntas se ele(cliente) foi bem atendido, se fez o seguro certo, etc.

Todas essas mudanças levaram o mercado a oferecer produtos com coberturas diferenciadas, como por exemplo, os seguros de doenças graves como o enfarte, o acidente vascular cerebral, câncer e outros. Este tipo de cobertura inclusive adianta ao segurado (paciente) um percentual de 20/25% do capital segurado para tratamento ficando o restante para ser pago ao beneficiário em caso de falta do segurado principal.

 

Bibliografia

Estudos realizados pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar;

Cadernos de saúde pública;

Universia – Rede de Universidades

Relatório do Desenvolvimento Humano – PNDU – 2003 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

Susep e IBGE

Palestra de Sergio Rangel  –Prof. atuária da UFRGS

Artigos Publicados do Autor

Livros  Ikgai, Zonas azuis, e diversas literaturas em jornais e revistas.

Circular SUSEP nº 317, de 12 de janeiro de 2006.

http://www.whiteconsultoria.com.br/circular-susep-n-317-de-12-de-janeiro-de-2006.html

Circular SUSEP  nº 516, de 3 de julho de 2015.
http://www2.susep.gov.br/bibliotecaweb/docOriginal.aspx?tipo=1&codigo=35516 –

 


Lúcio Antônio Marques
Relações Institucionais da Sabemi Seguradora, Diretor  da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência,
Vice-Presidente do Sindicato das seguradoras do RJ/ES.

 

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